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domingo, 27 de março de 2011

Comprovações científicas sobre a acupuntura - necessidade ou interesses?

Vou postar aqui no blog uma informação completa que retirei do Site da Folha (http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/789404-medicos-ocidentais-querem-provas-de-que-acupuntura-funciona.shtml, de 27/08/2010) e logo abaixo tecer meus comentários.

Ficará um pouco longo, mas vou tentar mostrar como é preciso separar o joio do trigo para entendermos qualquer informação científica que possa chegar até nós, principalmente pelos meios oficiais de comunicação. Muitas vezes essas informações são desencontradas, sem nexo, produzidas por interesses diversos e abrangendo apenas um lado da história. O site da folha, muito bom veículo de comunicação por sinal, peca na hora de não deixar links para coomentários, para que a informação possa ser discutida.

"27/08/2010 - 06h39

Médicos ocidentais querem provas de que acupuntura funciona

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TARA PARKER POPE
DO "THE NEW YORK TIMES"

Há pelo menos dois mil anos, curandeiros chineses usam a acupuntura para tratar dores e outros problemas de saúde. Agora, os médicos ocidentais querem provas de que a prática funciona.

Há poucas dúvidas de que as pessoas se sentem melhor após receber o tratamento, onde finas agulhas são inseridas profundamente na pele em pontos específicos do corpo. Mas elas estariam se beneficiando da própria acupuntura, ou simplesmente sentindo um efeito placebo?

A discussão foi abastecida, na última semana, por um estudo na revista "Arthritis Care and Research". Pesquisadores do Centro de Câncer MD Anderson, em Houston, descobriram que, para 455 pacientes com uma grave artrite no joelho, a acupuntura entregou o mesmo alívio que um tratamento falso.

Na verdade, os pacientes conseguiram uma redução significativa na dor com ambos os tratamentos uma redução média de um ponto, numa escala de um a sete. críticos sustentam que o estudo foi mal projetado.

Para começar, segundo eles, os pacientes dos dois grupos receberam tratamentos com agulhas e estímulos elétricos; a principal diferença era que, no grupo do procedimento falso, as agulhas não eram inseridas tão profundamente, e os estímulos tinham uma duração bem menor.

No mundo real, porém, um acupunturista experiente personalizaria o tratamento aos sintomas específicos de cada paciente. Neste estudo, os pacientes do grupo de acupuntura "real" receberam as agulhas todos da mesma forma.

Em outras palavras, vez de provar que a acupuntura não funciona, o estudo pode sugerir que ela funciona mesmo quando mal realizada. Mas a verdadeira lição, segundo os defensores da prática, é o quão difícil pode ser aplicar os padrões de pesquisa ocidentais a uma arte de cura da antiguidade.

"As pessoas dizem que não existem pontos inativos para a acupuntura basicamente, qualquer lugar do corpo onde você inserir uma agulha será um ponto ativo", explicou Alex Moroz, experiente acupunturista que dirige o programa de músculo e esqueleto do departamento de medicina de reabilitação da Universidade de Nova York. "Existe uma corrente de literatura que argumenta que toda a abordagem ao estudo da acupuntura não se presta ao método científico reducionista do Ocidente".

Porém, a principal autora do estudo, Maria E. Suarez-Almazor, aponta que o tratamento falso foi desenvolvido com a ajuda de acupunturistas experientes. Num estudo de medicamentos, uma resposta igual nos grupos de tratamento e placebo provaria que o medicamento não funciona, diz ela.

"Nós realmente trabalhamos com acupunturistas que são treinados no estilo chinês tradicional, e pedimos que eles inventassem um processo falso que fosse crível", afirmou Suarez-Almazor. "Nós não planejamos um estudo para mostrar que a acupuntura não funciona. Os resultados vieram sem nenhuma diferença entre os grupos".

A pesquisa da MD Anderson, assim como outros estudos recentes sobre a acupuntura, geraram especulações de que a picada da agulha, seja ela da verdadeira acupuntura ou de uma versão falsa, pode influenciar a forma como o corpo processa a transmite sinais de dor. Um estudo de 2007 com 1.200 pacientes com dor nas costas, financiado por companhias de seguros da Alemanha, mostrou que cerca da metade dos pacientes, igualmente nos grupos de acupuntura real e falsa, sentiam menos dores após o tratamento, frente a apenas 27% dos que haviam recebido fisioterapia ou outro tratamento tradicional para as costas.

Quando os alemães rastrearam a quantidade de remédios para dor usada pelos pacientes, eles identificaram uma diferença considerável entre a acupuntura real e o tratamento falso. Apenas 15% dos pacientes do grupo de acupuntura precisaram de remédios adicionais para dor, frente a 34% daqueles no grupo falso. O grupo que recebeu tratamentos convencionais para as costas se saiu ainda pior: 59% desses pacientes precisaram de analgésicos adicionais.

Os pesquisadores, que publicaram suas descobertas em "Archives of Internal Medicine", especularam que a inserção de agulhas numa região com dor pode ter causado um "efeito super placebo", desencadeando uma série de reações que alteram a forma como a o corpo experimenta a dor.

Outro estudo, este financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA e publicado em 2004, descobriu que a acupuntura reduzia significativamente a dor e melhorava a função em pacientes com artrite no joelho frente a um tratamento falso ou aos tratamentos de rotina para o joelho.

No entanto, esse resultado foi questionado, pois os pacientes do grupo falso provavelmente descobriram que não estavam recebendo o tratamento verdadeiro. Eles receberam apenas duas inserções de agulhas no abdômen, enquanto uma agulha era simplesmente pressionada por nove regiões da perna e colada à pele para imitar a acupuntura. Uma simulação de máquina de estímulos elétricos zumbia e piscava ao lado, mas não emitia qualquer corrente ao corpo.

Neste ano, pesquisadores do Hospital Henry Ford, em Detroit, solucionaram o problema da criação de uma acupuntura falsa: eles não o fizeram. Em vez disso, compararam a acupuntura a um remédio comprovado o Effexor, um antidepressivo que provou reduzir significativamente as ondas de calor em pacientes com câncer de mama.

Os resultados foram surpreendentes. A acupuntura aliviou as ondas de calor tanto quanto o Effexor, com menos efeitos colaterais. O grupo da acupuntura relatou mais energia e até mesmo um aumento no impulso sexual, em comparação ao grupo usando o Effexor.

"Existem algumas coisas que você não pode estudar da mesma forma que fazemos com remédios", disse Eleanor M. Walker, diretora de oncologia de câncer de mama do Sistema de Saúde Henry Ford. "O ponto que não pode ser discutido em meu estudo é a duração do efeito. Ele dura, e o efeito placebo acaba assim que você interrompe o tratamento".

Porém, os crentes na acupuntura dizem não se importar se estudos científicos ocidentais descobrirem que o tratamento surte um forte efeito placebo. Afinal, o objetivo do que eles chamam de medicina integrativa, que combina tratamentos convencionais e alternativos, como a acupuntura, é o de armar o poder do corpo de curar a si mesmo. Não importa se esse poder é estimulado por um efeito placebo ou pela habilidosa inserção de agulhas.

"Na medicina integrativa, quando os pacientes estão envolvidos em seu processo de cura, eles geralmente têm uma tendência a melhorar", explicou Angela Johnson, praticante de medicina chinesa no Hospital Infantil Rush, em Chicago, que está conduzindo um estudo-piloto sobre a acupuntura para aliviar a dor em crianças. "Acredito que isso seja parte da razão pela qual eles melhoram"."


Meus comentários:

O método científico ou a metodologia científica teve suas origens baseadas nas idéias de René Descartes, que em sumas palavras, preconizava que deveríamos dividir o todo em partes para melhor entendê-lo e nos especializaramos então em cada parte. Seguindo a mesma linha de pensamento vimos irromper, alguns anos mais adiante, a era Ford (montadora de carros), onde tivemos o advento da linha de produção em série, com cada trabalhador especializado em uma determinada etapa do processo - víamos surgir então a necessidade de produção em larga escala, e as especializações em várias categorias dentro dessa linha de montagem, e tudo isso de acordo com o momento sócio-político-cultural daquela época, que exigia mais trabalho para as pessoas que vinham do campo para as cidades. No tacante a saúde, o Relatório Flexner, de 1910 pregou este mesmo princípio - o de separar o todo em partes, para estudar, entender, modelar e reproduzir em série, vimos então este processo ser aplicado nas escolas médicas, formando o médico da linha de montagem que ainda vemos hoje, muito preocupado com a quantidade e não com a qualidade.

Hoje, o que sabemos sobre a metodologia científica é que se quisermos entender bem um fenômeno precisamos dividí-lo em partes, pegar apenas uma destas partes, juntar todas as variáveis que se relacionam com esta parte, estudar sua relação causa-efeito e então criarmos uma fórmula que, se usada na causa de um outro fenômeno parecido, criaria o mesmo resultado previsto pela fórmula; estuda-se o problema, cria-se uma fórmula, usamo-na para tudo que seja parecido! um tanto capitalista, não?... só penso que, se usado isso em linhas de montagem, o lucro será bem maior. Parte-se do pressuposto que tudo funciona da mesma maneira, parte-se do pressuposto que podemos dividir tudo em partes e estudar as partes separadamente. Isto tem funcionado adequadamente em muitas "coisas", mas... e na coisa chamada "vida"?

Existem muitos fatores que são extrínsecos à propria metodologia científica e que a torna prejudicial a qualquer conhecimento que precisemos estudar, eis alguns:

a) quem divulga a pesquisa científica são os jornais que fazem um "meio-de-campo" entre a produção científica e o população; nem um nem outro sabe interpretar isso corretamente e então a pesquisa não chega verdadeira à população, que como exemplo, poderia ter como idéia que café faz bem à saude, mas que em outra pesquisa poderia fazer mal; ou que dietético emagrece, mas que em outras pesquisas poderia ser um veneno; ou ainda que fitoterápicos são naturais e são usados por nossos avós há muitos anos, mas que segundo outros estudos poderiam ser maléficos sem a comprovação científica ou sem serem receitados por médicos e/ou criados dentro da indústria farmacêutica;

b) interesses pessoais ou corporativos na divulgação da pesquisa científica: será que interessa para a indústria a cura de uma doença ou apenas o controle sobre a doença; será que o fitoterápico é prejudicial à pessoa ou se você usar um produto natural você vai deixar de ser consumidor e o lucro da indústria vai diminuir?

c) a qualidade da produção científica: como todos querem ver seu nome estampado em algum lugar hoje em dia, então só se pesquisa o que dá IBOPE ou que cause alarde, e também muitas pesquisas são feitas por pessoas e empresas que não obedecem critérios rigorosos de metodologia. Vejo produção científica publicada em jornal sério e por pessoas idôneas que ... vou te contar...dá vontade de rir! é como aquele quadro que alguém joga uma tinta em cima, ou faz um cocô na tela, e todo mundo acha impressionante, por que é inovador, ou porque "todos estão falando bem", já que é ..."inovador": balela...você pode dizer sim, que não gostou e não entendeu, e ponto final!

Mas, também existem os fatores intrínsecos em se usar a metodologia científica dentro da acupuntura. Vejamos isto:

O uso da acupuntura data de cerca de dois mil anos antes de Cristo ou muito mais (não vem ao caso), não se sabe ao certo como iniciou ou como evoluiu, mas através de vários mestres e vários livros clássicos este conhecimento chegou até nós. Houve toda uma metodologia de estudo e transmissão de conhecimento para que esta prática chegasse até os dias atuais, e chegou, por isso devemos deduzir que a metodogia adotada foi eficiente. Talvez não fosse científica pelos moldes atuais, mas foi metódica em qualquer época do seu crescimento.

Será que seria muito dificil para um povo, ao longo de várias gerações, estabelecer relações entre o clima, as estações, os fenômenos naturais, o corpo humano, as doenças, e tantos outros "parâmetros" de um estudo científico, e criar formas de tratar a doença usando tudo isso?

Já naquela época sabia-se que o homem estaria integrado com a natureza e não poderia ser dividido e baseado nisso foi-se tentando explicar esse processo de cura. A teoria mais compreensível que nos foi apresentada é aquelas dos canais de energia e seus pontos de acessos, e que infelizmente muita gente tenta desbancar cientificamente, por não compreender sua essência.

A grande questão aqui é que o homem é por demais complexo e integrado a tudo a seu redor, que não pode ser dividido em pequenas partes. A genética hoje divide a todos nós em DNA e nos reproduz num laboratório usando estes famosos métodos científicos, mas no fundo, podemos perceber que ela está apenas copiando uma máquina, e que nada se integra com o que está ao seu redor. Ao criar uma bactéria para digerir petróleo derramado por navios, a genética resolve um problema e criar milhares de outros. Veremos que daqui a algumas centenas de anos, seremos incompatíveis com a vida na Terra, restando apenas para nós sair navegando pelo espaço dentro de uma nave, cercados de ciência, mas não de experiência viva: seremos peças vivas de museu.

Mais uma vez reforço aqui que muitos grupos de estudos já apontam para uma quebra de paradigmas, onde começamos já a perceber o homem como um ser espiritual, composto de pura energia e trocando essa energia com todas as outras formas de energia a sua volta. E é neste processo que se insere a acupuntura.

Se uma pesquisa científica não funcionou num grupo de estudo, isto, em acupuntura, não significa nada, pois as pessoas não são máquinas e nem são todas iguais dentro do esquema global de energia do planeta. Cada ser humano, cada coisa viva tem a sua energia pessoal e que também se deixa influienciar pela energia de quem a está tratando. Quando eu insiro uma agulha em um paciente, eu canalizo a minha energia, a do universo e a do próprio paciente para que este equilibrio se restabeleça entre todos os elos desta cadeia; o seu sistema energético aumenta, seu corpo entra em sincronia com o resto do que está a sua volta e este processo é muito individual, depende do dia, do estado de espírito, dependendo do paciente, do terapeuta, de quem está pensando nele. Você acha que isso tem comprovação científica? Este tipo de coisa não é para ser comprovado, é para ser experimentado apenas, pois é muito individual, e é também neste contexto que esse sistema de tratamento - a acupuntura - não se encaixa nos moldes da Medicina Ocidental atual.

A física quântica hoje aponta neste sentido, pois ela diz que ao estudarmos o ínfimo espaço da matéria concreta, com seus poderosos cíclotrons, chega-se a conclusão que não há nada la dentro, ou seja, dentro da mátéria não tem matéria, não tem nada, só tem energia, e mesmo assim, aquela energia só está lá quando você olhar para ela, pois se não olhar, só existirá a probabilidade de haver algo por ali - um princípio extramente relativista de Einstein -, então, como já escrevi outras vezes... quando eu acordar de manhã e pisar com meu pé direito no chão e disser: -hoje meu dia será bom! ... então eu terei meu dia bom, porque sou eu que escolho isso com minha mente; da mesma maneira, se eu colocar uma agulha no paciente e impulsionar a energia (De Qi) para ele, e ele receber essa energia... então ele ficará bom simplesmente porque existe todo um sistema compactuando para isto.

...IMAGINE O ESTRAGO QUE UM PLACEBO IRIA COLOCAR NESSE PROCESSO GLOBAL DE CIRCULAÇÃO DE ENERGIA?????