Após ouvir a explanação do representante da Universidade Positivo quando da Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Paraná para as PIC, e falando sobre a necessidade na Universidade procurar novos meios de lidar com a saúde pública, sem causar tantos danos, como o que ocorre hoje, resolvi postar aqui uma citação interessante sobre o assunto.
O texto abaixo foi retirado do livro: Metodologia da Medicina Tradicional Chinesa, de Huang Jianping (São Paulo: Roca, 2001) e ilustra uma passagem que nos orienta significativamente sobre uma das diferenças fundamentais entre estas duas Racionalidades Médicas.
Cap. 4, pág. 107.
"Na diferenciação das doenças, a Medicina Ocidental também dedica atenção à reação do organismo porque os sinais e sintomas ajudam-lhes a ter algum entendimento das doenças. Entretanto, ainda que existam classificações morfológicas e classificações funcionais das doenças na Medicina Ocidental, sua principal direção é para a classificação a partir das causas das doenças. Procura reconhecer a natureza e a regularidade das doenças e de suas causas. Portanto, a Medicina Ocidental adota o tratamento contra a causa; outros tipos de tratamento, como tratamento suporte e heteropatia são usados apenas como recursos auxiliares. Por exemplo, a Medicina Ocidental afirma que a tuberculose pulmonar é induzida por invasão dos pulmões pelo bacilo da tuberculose e, consequentemente, administra drogas antituberculosas para aniquilar o bacilo. Embora os pacientes A, B, C e D sejam seres humanos diferentes, as causas de suas doenças são as mesmas, a despeito das distintas expressões e de seus sintomas. Os principais métodos terapêuticos adotados pela Medicina Ocidental são os mesmos, também; como um resultado, a Medicina Ocidental não tem necessidade de diferenciar os sintomas.
O método chinês, entretanto, focaliza sobre a reação do organismo, não sobre os fatores patogênicos causadores da doença; desse modo, raramente usa as mesmas prescrições para lidar com bacilos da tuberculose. Os pacientes A, B, C e D são diferentes uns dos outros em constituição, e seus ambientes e outras condições não são as mesmas; sendo assim, dificilmente podem realizar reações idênticas aos bacilos e apresentar os mesmos sintomas. Alguns podem apresentar tosse com pouco flegma, febre baixa nas tardes, calor no peito, palmas das mãos e solas dos pés, boca seca, bochechas vermelhas, nervosismo e insônia, transpiração noturna, pulso apertado e rápido. Tais síndromes são atribuídas à deficiência de yin no pulmão e no rim na Medicina Chinesa. Outros Tuberculosos podem apresentar tosse com muito flegma, pouca força, perda de apetite, voz fraca, face pálida e pulso anormal, devido à deficiência de yang no pulmão e no rim. Levando isso em conta, o médico (n.e. :Médico aqui no contexto, é o formado em práticas da MTC) preparará prescrições diferentes para os dois tipos de pacientes, dando medicamento para o yin e para o Qi para o primeiro, mas medicamento para suportar o yang no baço e pulmão, para o último (n.e.: medicamento aqui diz respeito à fitoterapia usada na MTC). No tratamento da tuberculose, um médico chinês geralmente usa drogas como Radix Stemonae e Spica Prunellae para combater os bacilos da tuberculose. Seu propósito é regular a relação entre o yin e yang no organismo, a fim de ajudá-lo a recobrar o equilíbrio e lutar contra a doença.
Comparando esses dois exemplos podemos verificar que a invasão dos pulmões pelo bacilo da tuberculose é a causa de morte mais comum entre os tuberculosos, mas outros fatores como constituição e ambiente também deveriam ser levados em consideração.
(...)
Tudo isso mostra que ambos - "doença" e "homem" - deveriam ser considerados no tratamento de doenças.
(...)
Se a atenção estiver focalizada meramente no tratamento da "doença", enquanto esquece o "homem", poderia frequentemente acontecer de, embora a causa seja eliminada, o homem ainda permanecer em estado não muito harmonioso de exaustão ou desconforto. Poderia até mesmo ocorrer de, enquanto a enfermidade em questão tenha permanecido sob controle, certas doenças novas poderiam ser introduzidas. Por outro lado, se a atenção é focalizada meramente no tratamento do organismo do "homem", enquanto se negligencia a causa da doença, em geral, pode acontecer de os sintomas do paciente terem melhorado, mas a causa não tenha sido completamente eliminada, e o distúrbio ainda esteja oculto.
Portanto, o propósito de nossa nova ciência médica é aprender sobre a universalidade e particularidade de uma doença, e tentar curar tanto a doença quanto o homem."
As técnicas da MTC podem matar um microorganismo? ... bem, este seria a continuação do texto, que não vou colocar aqui; mas para adiantar, podemos intuir que regulando o yin e o yang no organismo, que é a base da MTC, o corpo fortalecido e harmonizado terá força suficiente para combater e expulsar o microrganismo.
Mas não deixe a indústria farmacêutica saber disso, viu ?????
O texto abaixo foi retirado do livro: Metodologia da Medicina Tradicional Chinesa, de Huang Jianping (São Paulo: Roca, 2001) e ilustra uma passagem que nos orienta significativamente sobre uma das diferenças fundamentais entre estas duas Racionalidades Médicas.
Cap. 4, pág. 107.
"Na diferenciação das doenças, a Medicina Ocidental também dedica atenção à reação do organismo porque os sinais e sintomas ajudam-lhes a ter algum entendimento das doenças. Entretanto, ainda que existam classificações morfológicas e classificações funcionais das doenças na Medicina Ocidental, sua principal direção é para a classificação a partir das causas das doenças. Procura reconhecer a natureza e a regularidade das doenças e de suas causas. Portanto, a Medicina Ocidental adota o tratamento contra a causa; outros tipos de tratamento, como tratamento suporte e heteropatia são usados apenas como recursos auxiliares. Por exemplo, a Medicina Ocidental afirma que a tuberculose pulmonar é induzida por invasão dos pulmões pelo bacilo da tuberculose e, consequentemente, administra drogas antituberculosas para aniquilar o bacilo. Embora os pacientes A, B, C e D sejam seres humanos diferentes, as causas de suas doenças são as mesmas, a despeito das distintas expressões e de seus sintomas. Os principais métodos terapêuticos adotados pela Medicina Ocidental são os mesmos, também; como um resultado, a Medicina Ocidental não tem necessidade de diferenciar os sintomas.
O método chinês, entretanto, focaliza sobre a reação do organismo, não sobre os fatores patogênicos causadores da doença; desse modo, raramente usa as mesmas prescrições para lidar com bacilos da tuberculose. Os pacientes A, B, C e D são diferentes uns dos outros em constituição, e seus ambientes e outras condições não são as mesmas; sendo assim, dificilmente podem realizar reações idênticas aos bacilos e apresentar os mesmos sintomas. Alguns podem apresentar tosse com pouco flegma, febre baixa nas tardes, calor no peito, palmas das mãos e solas dos pés, boca seca, bochechas vermelhas, nervosismo e insônia, transpiração noturna, pulso apertado e rápido. Tais síndromes são atribuídas à deficiência de yin no pulmão e no rim na Medicina Chinesa. Outros Tuberculosos podem apresentar tosse com muito flegma, pouca força, perda de apetite, voz fraca, face pálida e pulso anormal, devido à deficiência de yang no pulmão e no rim. Levando isso em conta, o médico (n.e. :Médico aqui no contexto, é o formado em práticas da MTC) preparará prescrições diferentes para os dois tipos de pacientes, dando medicamento para o yin e para o Qi para o primeiro, mas medicamento para suportar o yang no baço e pulmão, para o último (n.e.: medicamento aqui diz respeito à fitoterapia usada na MTC). No tratamento da tuberculose, um médico chinês geralmente usa drogas como Radix Stemonae e Spica Prunellae para combater os bacilos da tuberculose. Seu propósito é regular a relação entre o yin e yang no organismo, a fim de ajudá-lo a recobrar o equilíbrio e lutar contra a doença.
Comparando esses dois exemplos podemos verificar que a invasão dos pulmões pelo bacilo da tuberculose é a causa de morte mais comum entre os tuberculosos, mas outros fatores como constituição e ambiente também deveriam ser levados em consideração.
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Tudo isso mostra que ambos - "doença" e "homem" - deveriam ser considerados no tratamento de doenças.
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Se a atenção estiver focalizada meramente no tratamento da "doença", enquanto esquece o "homem", poderia frequentemente acontecer de, embora a causa seja eliminada, o homem ainda permanecer em estado não muito harmonioso de exaustão ou desconforto. Poderia até mesmo ocorrer de, enquanto a enfermidade em questão tenha permanecido sob controle, certas doenças novas poderiam ser introduzidas. Por outro lado, se a atenção é focalizada meramente no tratamento do organismo do "homem", enquanto se negligencia a causa da doença, em geral, pode acontecer de os sintomas do paciente terem melhorado, mas a causa não tenha sido completamente eliminada, e o distúrbio ainda esteja oculto.
Portanto, o propósito de nossa nova ciência médica é aprender sobre a universalidade e particularidade de uma doença, e tentar curar tanto a doença quanto o homem."
As técnicas da MTC podem matar um microorganismo? ... bem, este seria a continuação do texto, que não vou colocar aqui; mas para adiantar, podemos intuir que regulando o yin e o yang no organismo, que é a base da MTC, o corpo fortalecido e harmonizado terá força suficiente para combater e expulsar o microrganismo.
Mas não deixe a indústria farmacêutica saber disso, viu ?????
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