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domingo, 11 de março de 2012

A Insustentável Leveza do Ser

Kundera que me desculpe, mas este foi o título que me pareceu mais apropriado para o assunto que ora segue.

Meu conselho de classe da fisioterapia - Sistema COFFITO/CREFFITOS - resolveu fazer uma prova de especialistas e com isso me vi na obrigação de rever alguns conceitos teóricos sobre acupuntura. Comecei este fim de semana com o capítulo 3 (Substâncias) do livro de Jeremy Ross - Sistemas de Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional Chinesa.

Este capítulo trata das cinco substâncias básicas da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), enumeradas abaixo, com uma tradução aproximada:

Jin Ye - Líquidos orgânicos
Xue - Sangue
Jing - Essência ou energia ancestral
Qi - Energia
Shen - Espírito ou consciência.

Veja que eu próprio, ao enumerar estas substâncias, tentei ordená-las em uma gradação de maior para menor. Mas maior ou menor o quê?

Poderíamos chamar esta grandeza de materialidade, fluidez, pureza, condensação, enfim, qualquer coisa que nos dê uma noção de “indo do mais material para o menos material, ou menos energético para o mais energético, ou ainda, indo do material para o energético; mas mesmo assim, ainda seria um conceito vago.

Para a Medicina Tradicional Chinesa o corpo humano possui um aspecto material e outro imaterial e isto está muito bem representado nessas substâncias que estudamos. E ainda assim este será um conceito muito relativo, pois, como exemplo, o Qi pode ser mais energético do que o Xue, mas com relação ao Shen, será menor energético (mais material).

Na MTC não podemos dizer que uma substância é material ou que é energética se não compararmos em relação a alguma outra substância. Isto muito reflete a situação dos conceitos filosóficos chineses de Yin e Yang, onde nada é apenas Yin ou apenas Yang.

Se trouxermos estes conceitos para a filosofia e ciência do século XXI podemos dizer que se assemelha muito aos conceitos da física quântica de matéria e energia. Hoje sabe-se com a certeza de nossos paradigmas atuais, que a matéria e a energia são a mesma coisa, e que tudo é apenas uma questão de ponto de vista do observador. O que ora nos aparece como matéria, dependendo da observação, poderá se apresentar também como energia se focado mais profundamente; e algo se nos aparece como energia, se focado com mais atenção do observador, poderá se refletir como matéria, inclusive mostrando, a própria matéria, esta decisão de se apresentar como matéria, bastando para isso que a intensão do observador seja assim previsível.

Estes conceitos de matéria e energia são muito antigos, já vindo desde a época de Heisenberg, que postulou que você não pode ter as duas coisas ao mesmo tempo, numa analogia com seu Principio da Incerteza: ou você tem velocidade, ou você tem posição de uma partícula, que implica que, ou você tem energia, ou você tem matéria, num raciocínio comparativo.

Estes princípios que começaram a ser pesquisados pela física quântica a partir de 1910, já tinham suas origens há mais de 4 mil anos, quando a filosofia chinesa falava em Yin e Yang: a semente do Yin está dentro do Yang e vice-versa, e o Yin se transforma em Yang e vice-versa, culminando depois com a transição de materialidade entre as diversas substâncias do corpo, entre corpo e mente, entre mente e espírito, evoluindo entre o ser vivo e o ambiente e envolvendo a todos em uma grande mente coletiva.

Somente agora nos anos atuais estamos resgatando nossos conceitos antigos de vida, dando uma nova roupagem a eles sob o olhar da física quântica, tentando então estabelecer um novo paradigma de ciência, onde estará presente toda aquela gama de conceitos considerados tabus até poucos anos, tais como sonho, alma, espírito, mediunidade, energia vital, consciência.

Bem-vindos a nova ciência do século XXI.

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